Caminho pelas ruas de Imizamu Yethu na Cidade do Cabo. As cores vivas, o ceu cor azul, a ventania fresca. E vem na minha cabeça a imagem do Alexandria no dia em me mostrou a casa museo do mestre Chissano; no dia em que fiz a minha primeira obra de madeira, com ele na casa de Alto Mae’. ..
Ainda nâo posso acreditar à morte dele e as suas razões. E me pregunto.
Que matou o Alexandria? Que vai nos dar justiça pela morte dele? Qual justiça para os filhos que deixou? E para a mulher que perdeu um companheiro? E para todos os amigos e inimigos?
Onde está o Estado de Direito que tudo o mundo quere aquele que estamos constuendo com o dineiro que chega de fora do País para reformar a justiça?
Ou temos que acreditar que a justiça é aquela feita pelas maõs do povo, o mesmo povo com quem Alexandria vivia na Matola e o matou? Quem é responsavel pela morte do Alexandria? Uma, dois, três ....mais pessoas? Ou o Estado? Ou a policia que não fermou o povo? Ou nos somos os responsaveis ...que patrulhamos durante a noite contra um ‘G20’ que talvez nâo existe e que talvez foi só uma invenção de alguem para criar terror nos bairros.
Quem é o responsavel? Quem vai nos dar justiça? Quem vai dar justiça a um filho e uma filha pela morte do pãe e a todos nos pela morte estupida do nosso amigo Alexandria?
Que é criminal? Ou Alexandria quem por tal foi matado? Ou criminais são aqueles ser humanos as cujas mãos o mataram? Ou o G20? Ou o Estado? Ou a Ministra?
Se nâo pedimos justiça nâo sinhificaria que ele foi mesmo responsavel?
Se queremos justiça à quem a pedimos: ao Ministo da Justiça? Ou ao curandeiro? Áo tribunal da cidade de Maputo ou aquele do Tribunal comunitario? As velhos que vivem em Matola perto da casa onde o Alexandria vivia? A quem?
Nâo quero esquecer. Nâo quero que vocês esquecam. Quero uma Justiça e quero que você a quere tambêm.
Tina Lorizzo
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